[um simples review] Vamos falar sobre o #NINTH da banda the GazettE + traduções


[album] [2018.13.06] NINTH

1. 99.999 - - -
2. Falling (MV)
Translation Tradução Kanji
3. Ninth odd smell
Translation Tradução Kanji
4. Gush
Translation Tradução Kanji
5. The mortal
Translation Tradução Kanji
6. 虚 蜩 (utsusemi)
Translation Tradução Kanji
7. その声は脆く (sono koe wa moroku)
Translation Tradução Kanji
8. Babylon’s taboo
Translation Tradução Kanji
9. 裏切る舌 (uragiru bero)
Translation Tradução Kanji
10. Two of a kind
Translation Tradução Kanji
11. Abhor God
Translation Tradução Kanji
12. Unfinished
Translation Tradução Kanji



NINTH, como o próprio nome já sugere é o Nono álbum da banda the GazettE, conta com 12 faixas sendo 11 músicas e uma introdução.

Como pode ser observado por qualquer pessoa que acompanha the GazettE a algum tempo, esse álbum é quase como uma retrospectiva da banda, o que eles fazem em NINTH é, resumindo de forma simplória, um grande compilado da trajetória da banda desde seus primeiros conceitos, trazendo para sua produção atual, todo o conceito do passado com a qualidade que eles buscam entregar no presente. Há de se observar também o amadurecimento da banda, apesar de muitos (tanto quanto eu) gostarem muito mais do estilo mais simples de início de carreira, é absolutamente impossível não dizer que todos os músicos correram atrás de se aperfeiçoar desde o seu início.

Vamos lá, começando pela primeira faixa desse álbum, 99.999 é uma introdução muito simbólica que representa tudo o que acabei de dizer, 99.999 é uma compilação de algumas (ou quase todas) introduções anteriores da banda, e todos os elementos que já foram usados pela banda em conceitos anteriores.

Falling tem uma letra que também é bastante simbólica, o que pode tornar difícil de entender pra algumas pessoas, mas ao assistir o music video fica bastante simples de entender pra quem já conhece o jeito como the GazettE costuma se expressar. Como o conceito do álbum é a própria banda, no MV de falling podemos considerar aqueles personagens problemáticos como sendo as fases da banda, sendo o homem (azul) o passado e a garota (vermelho) o futuro, Ruki se apresenta de roxo já que NINTH é o presente da banda, sua letra fala sobre insegurança, sobre como pode ser difícil se manter na luz quando tudo que há a sua volta é escuridão e que as vezes está tudo bem cair, porque o fim não é nada mais que um recomeço.

Um grito distorcido para resolver o passado, a mente entra em conflito,
preso em minha mente, enlouquecendo pelos fantasmas do passado de onde eu vim.
(…) Para renascer novamente, eu vou cair”.

NINTH ODD SMELL” ou “O nono cheira estranho”, diz em sua letra que o papel do nono álbum é a “prova de que está vivo”. Ele diz que, mesmo que se sinta no limite depois da queda, vai engolir sua voz embargada e gritar, porque sua alma nunca poderá morrer.

A partir daqui, o que sucede o álbum é facilmente encaixado em trabalhos anteriores, músicas como その声は脆く (sono koe wa moroku), 裏切る舌 (uragiru bero) e Two of a Kind, por exemplo, soam como uma versão mais madura do que eles fizeram em TOXIC, são músicas sobre sentimentos pessoais, a primeira mostra fragilidade e 裏切る舌 (uragiru bero) a raiva das más-línguas que só fazem mentir e manipular.

Para representar o Project Dark Age (Dogma, Ugly e Undying) temos The Mortal, Babylon’s Taboo e Abhor God, músicas com teor exotérico que questionam a vida, os deuses e o que as pessoas fazem de sujo em nome deles.

The Mortal é uma música que mostra bastante maturidade no conceito mostrado inicialmente no DOGMA, mais maturidade ainda no vocal do Ruki, que vem com uma carga emocional fortissíma. Babylon’s Taboo e Abhor God são músicas que vem para questionar totalmente os sistemas dogmaticos, a primeira te revela que o tabu da babilônia é aceitar o destino que te impõe e as mentira que te dizem, o tabu é aceitar ser um "expectador influenciável da mais completa opressão". Abhor God te convida a matar de dentro de você toda sensação de paz que pareça estranha e a parar de ouvir todas as juras que um deus que balança pendurado no mesmo pesadelo que nós fizer. 

O céu de mentiras cintila de maneira
obscuramente linda.
Refletindo na lama, as profundezas das profundezas,
de um destino aceito.
Esse é o tabu da babilônia”

Gush estaria bem no DIVISION, apesar de o instrumental ser bastante diferente, a letra de Gush se encaixaria perfeitamente em sequência à Derangement. Ambas as letras, de maneiras diferentes, falam sobre os puxa-sacos, o que difere é que em Derangement existe muito desprezo, e em Gush uma conformação, afinal, “eles ainda parecem humanos, seja qual for a opinião pública”.

Finalizando com 虚蜩 (utsusemi) e Unfinished, que tem uma pegada mais “raiz”, músicas que remetem para as fazes de 2006 à 2007, quando lançaram NIL e Stacked Rubbish. 虚蜩 (utsusemi) é uma faixa absurdamente envolvente, e é um alívio para os ouvidos na sequência que o álbum apresenta, depois de ouvir Gush e The Mortal, que são músicas mais densas, a sensação de nostalgia e a melodia triste presente em 虚蜩 (utsusemi) traz uma sensação muito boa. Muitas pessoas dizem que Unfinished é para os fãs, o que fica inegável depois de lermos sua letra, que, de maneira melancólica, transparece gratidão, a mensagem que fica é algo como “você me apoiou e eu vou te apoiar também”.

Reúna os dias que passam
e todo meu amor choverá incessantemente,
apenas por acreditar, onde quer que eu vá,
no valor do apoio que você me dá
e que está cravado em meu peito.”.

Por mais que todas essas músicas sejam bastante diferentes elas claramente são complementares, depois de 3 anos sem lançar nenhum álbum novo e de deixar os fãs divididos sobre o futuro da banda, NINTH veio provar que tem the GazettE para todos os gostos e estilos, e a sua diversidade é o que constrói o seu estilo.

Me diz aí, o que acharam o álbum? Particularmente achei uma experiência maravilhosa traduzi-lo, como fã de longa data dessa banda fiquei feliz em ver faixas como 虚蜩 (utsusemi), que tem esse toque de nostalgia, e The Mortal que pra mim tem a maturidade que faltou em DOGMA.