Entrevista original aqui: GekiRock
✔✔ Essa é a parte 2 da entrevista, clique aqui para a parte 1 e aqui para a parte 3.
❤ Tradução totalmente elaborada por mim.
❤ Se for repostar essa tradução, por favor, me dê os créditos, de preferência com um link aqui pro site, deu trabalho pra fazer, então sejam legais.
⚠⚠ Tudo que estiver entre [] são observações e adições minhas.
⚠⚠ Se vir qualquer erro, me avise que eu arrumo.
– Houve
algum desconforto quando Retsu-San se tornou o compositor principal?
Retsu:
Não, muito pelo contrário, conversávamos sobre lançar um álbum.
–
Como
assim?
Retsu:
Geralmente, nesse tipo de ocasião, lançamos o single e esperamos
pra ver suas possibilidades, mas dessa vez, cerramos os dentes e
lançamos o álbum, nós queríamos apresentar claramente o que
tínhamos a transmitir. Como resultado acho que fizemos o nosso
melhor trabalho de todos os tempos. É como se antes eu fosse um
estudante de colegial e agora eu fosse um universitário. (risos)
Sho:
Muito difícil de entender. (risos)
Retsu:
Não é como se eu negasse o passado, mas, vendo o ano que se passou
eu me pergunto se estamos crescendo.
Ryuuya:
Os membros mudaram, e acabou mudando o próprio som. Embora desde o
começo houvessem partes que eu esperava melhorar, honestamente fomos
muito além da minha imaginação. Agora eu sinto que somos uma banda
mais consistente. Simplificando, ficou mais fácil de ouvir, agora,
somos capazes de expressar os novos elementos que incorporamos na
imagem que deixamos.
–
Até
então, juntando os sons e os significados, acho que
havia também partes onde eram combinadas às expressões de
intensidade. Desta vez, tive a impressão de que o número de
sons foi intencionalmente reduzido. Para que, onde houvesse
intensidade, ela ficasse mais evidente, sinto que essa
diferença destaca as partes limpas e as partes gritadas do Sho-San.
Sho:
Isso faz parte do conceito dessa vez, o título "CHEDOARA"
é uma palavra inventada para "kidoairaku" (emoções
humanas). Foi ideia do Retsu.
[Obs:
"CHE
DO
A
RA"
são as leituras onyomi
(ou
versões delas)
de cada um dos kanjis de "ki
do
ai
raku"
(喜怒哀楽)
com exceção do primeiro kanji “喜”
que
se lê “ki”,
ele deve ter adaptado/estilizado o romaji pela
estética]
Retsu:
Sou bom com nomes (risos). *
[*aqui
ele diz literalmente algo como “tenho senso de nomenclaturas”
como quem diz “tenho senso de estilo” ou simplesmente “bom
gosto”]
Sho:
Acho que posso expressar emoções humanas, expressões intensas
[raiva], expressões de dor, de tristeza, de alegria. Destaco o que
precisa de destaque, e omito onde precisa ser omitido. É um álbum
onde o rápido e o devagar são combinados.
–
Sinto
que esse é um trabalho que pode ser concebido como uma história.
Sho:
Acho que ele tem a duração de um filme completo. Então eu dou
muita importância para a ordem das músicas.
– Se
pensar sobre a parte que leva de "EXORDIUM"
para "GROTESQUE", a intensidade vai aumentando pouco
a pouco, o que é traz um desenvolvimento
imponente de "D.Hymnus" para "vanitas".
Sho:
É uma forma de conceber cada uma das músicas, acho que "vanitas"
é o auge desse álbum, "D.Hymnus" e "vanitas"
estão conectadas, e eu queria que terminasse com "'hito' to
'katachi'".
–
Nesse
caso, sentir o trabalho desse álbum conta uma história é algo
inevitável.
Taishi:
Esse trabalho foi o meu primeiro desde que me juntei a banda, pra mim
também havia um sentido
de “estudo”.
De começo eu hesitei quando ouvi a DEMO de “vanitas”.
Eu já sabia da existência
de DIMLIM antes de ser suporte deles, mas os elementos de rock
progressivo pareciam trair a imagem da banda, na hora da gravação
foram várias
tentativas e erros. De certo modo, DIMLIM passou
a ter um significado novo, e
uma linha de baixo
completamente
nova. Era como se eu fizesse
aquilo sem precisar fazer (risos). [como se fizesse no automático,
como se tivesse sido feito pra fazer aquilo] e finalmente trabalhamos
o DIMLIM, acho que a linha de baixo
foi criada quando eu entrei.
–
Então
“vanitas” se tornou um ponto de virada.
Taishi:
Para as músicas depois de "vanitas", me aproveitando do
objetivo da banda, consegui
criar a minha própria
linha de baixo. Entre elas, desde
a última gravação de
"…Monokuru hi…
Narite", até agora eu consegui combinar muito bem a linha de
base que eu criei ao
som da banda.
Hiroshi:
Pode-se
dizer isso de todas as composições do "CHEDOARA", como
Sho disse antes, as tentativas e erros foram importantes. Eu
acho que a predominância
dos vocais, basicamente, fazem com que os vocais sejam a posição
mais importante da banda, mas eu sei que tocando bateria eu posso dar
estrutura para o vocal. Sobre
tentativas
e erros,
“GROTESQUE” é o melhor exemplo, algumas
das músicas são executadas rapidamente,
mas, sendo sincero eu não gosto muito de músicas que usam
Scrating*,
e apenas vocais gritando, gosto dos vocais mais limpos incluídos.
Com tudo isso não estávamos
fazendo uma música comum, eu queria transmitir DIMLIM como se fosse
um único tiro. "CHEDOARA" também é sobre isso, o gosto
pessoal do Sho iluminou esse trabalho.
[*como
eu não manjo de técnica musical, eu não tenho certeza se
“Scrating” é uma coisa ou ele está se referindo a gutural, um
vocal “raspado” por assim dizer.]
–
As
letras se tornaram mais introspectivas do que antes. Por exemplo
“Aijou ni tsuki...” tem algumas partes que fazem lembrar de
incesto…
Sho:
Existem partes íntimas mas não é sobre incesto propriamente dito.
O protagonista tem dificuldades, sua mãe o ama mas ele não quer
vê-la sofrendo por isso. É por isso que ele diz querer ser morto
pelo amor. Ouça essa música junto do MV publicado no YouTube.